Em meados deste ano, a sociedade britânica descobriu que Rupert Murdoch, o mafioso imperador da mídia, comandava o país. Seu grupo de comunicação não fazia apenas escutas ilegais e distribuía propinas. Ele pautava a política nacional, “nomeava” e derrubava ministros, mandava e desmandava no Reino Unido. Até o primeiro-ministro conservador, David Cameron, foi apontado como seu fiel capacho!
Parece que Roberto Civita, dono do Grupo Abril, sonha em ter o mesmo poder no Brasil. Nos três últimos meses, a revista Veja, o principal veículo da famiglia mafiosa, conseguiu agendar a política interna. Ela produz escândalos e logo é seguida pelas TVs e jornalões, que amplificam suas denúncias. Embalada, ela até se jacta de ter derrubado ministros e de acuar a presidenta Dilma Rousseff!
Jagunços midiáticos e denuncismo fascista
Nesta ofensiva frenética, Veja não vacila em usar os métodos mais criminosos, que causariam inveja ao próprio Murdoch. Os seus colunistas mais se parecem com jagunços midiáticos, que caluniam a sangue frio – sem medo de processos ou cadeia. Suas capas e reportagens são carregadas de denúncias vazias, num processo tipicamente fascista de escandalização da política.Um de seus “repórteres”, um fedelho ambicioso, tentou invadir o apartamento do ex-ministro José Dirceu num hotel de Brasília. Depois de uma capa mercenária sobre um remédio, que rendeu protestos formais da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Veja usou como fonte de suas calúnias um policial acusado e preso por corrupção para derrubar o ministro Orlando Silva.
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